Finanças

Golpes mirando no MEI crescem no país: veja os mais comuns

Atualmente, quem é MEI está vulnerável na internet o tempo todo, podendo cair em todo tipo de golpe possível

O aumento expressivo dos golpes contra o MEI tem acendido um alerta em todo o Brasil. De acordo com dados divulgados pela plataforma MaisMei, as reclamações sobre fraudes envolvendo microempreendedores individuais cresceram impressionantes 400% em apenas um ano.

Essa realidade se insere em um cenário mais amplo de vulnerabilidade digital, já que o país enfrenta uma verdadeira epidemia de golpes virtuais. Pesquisas do Datafolha apontam que ocorrem cerca de 4.700 tentativas de fraude por hora.

Dentro disso, mais de 56 milhões de brasileiros foram vítimas de crimes financeiros virtuais desde 2024. Essa situação revela o quanto os microempreendedores estão expostos e, portanto, precisam redobrar a atenção ao lidar com cobranças, boletos e sites que prometem serviços para o MEI.

Os golpes aplicados em MEI estão cada vez mais comuns. Veja quais são e proteja-se.
Os golpes aplicados em MEI estão cada vez mais comuns. Veja quais são e proteja-se. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Golpes mais comuns visando o MEI

Os golpes direcionados ao MEI têm se tornado cada vez mais sofisticados, explorando a falta de informação e a rotina corrida de quem administra o próprio negócio. Muitos golpistas se passam por órgãos oficiais, enviam boletos falsos, criam sites falsos e simulam cobranças de taxas inexistentes.

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Boleto falso de cobrança

Um dos golpes mais recorrentes contra o MEI é o envio de boletos falsos por e-mail ou correio. Os criminosos utilizam nomes semelhantes aos de instituições oficiais, como a Receita Federal ou o Ministério da Economia, e cobram taxas inexistentes.

O empreendedor, acreditando tratar-se de uma obrigação legal, realiza o pagamento e acaba perdendo dinheiro. Para evitar esse tipo de fraude, é fundamental verificar se o documento veio de um endereço eletrônico oficial e se o site utilizado termina em .gov.br.

Sites falsos de serviços para MEIs

Outro golpe comum envolve sites que se passam por canais oficiais para vender serviços ou emitir cobranças indevidas. Essas páginas costumam utilizar logotipos e nomes parecidos com os do governo para gerar credibilidade e enganar o usuário.

Elas oferecem “regularização imediata”, “emissão de CNPJ” ou “atualização cadastral urgente”, induzindo o empreendedor a pagar taxas que não existem. Para se proteger, o MEI deve desconfiar de qualquer oferta com tom de urgência e sempre confirmar a veracidade do site.

Golpes via mensagens e aplicativos

Mensagens de texto e aplicativos de conversa também se tornaram ferramentas frequentes para enganar os MEIs. Os golpistas enviam links que direcionam para páginas falsas, solicitam dados pessoais ou simulam cobranças pendentes.

Em alguns casos, o link instala programas maliciosos capazes de roubar informações bancárias. O ideal é nunca clicar em links desconhecidos e sempre confirmar a origem da mensagem. Além disso, o microempreendedor deve manter antivírus atualizado e utilizar autenticação em dois fatores.

Falsos consultores de regularização

Muitos golpistas se passam por “consultores” ou “especialistas” que oferecem ajuda para resolver pendências do MEI. Eles prometem resolver supostos problemas com o CNPJ mediante pagamento antecipado.

Normalmente, esses indivíduos utilizam informações públicas para parecerem legítimos e conquistar a confiança das vítimas. Para se proteger, o empreendedor deve desconfiar de qualquer cobrança feita fora dos canais oficiais e buscar ajuda diretamente na Sala do Empreendedor de seu município.

Cobranças falsas por e-mail corporativo

Alguns golpistas criam endereços de e-mail que imitam os domínios de instituições oficiais e enviam notificações falsas de débitos. Essas mensagens contêm arquivos anexos ou links que levam a páginas fraudulentas.

Assim que o empreendedor abre o documento ou clica no link, os criminosos obtêm acesso a dados sensíveis. O MEI deve observar atentamente o domínio do e-mail, evitar abrir anexos suspeitos e confirmar qualquer cobrança diretamente no portal oficial.

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O que o MEI precisa fazer se cair em um golpe?

Caso o MEI perceba que foi vítima de fraude, a primeira ação é interromper imediatamente qualquer pagamento ou contato com os golpistas. Em seguida, deve registrar um boletim de ocorrência, preferencialmente de forma digital, para formalizar a denúncia e evitar problemas futuros.

Esse registro é fundamental para iniciar investigações e tentar rastrear o responsável. Além disso, o empreendedor deve informar o caso à instituição financeira envolvida para tentar o bloqueio da transação e proteger outras contas relacionadas.

Outro passo essencial é comunicar a Sala do Empreendedor ou a prefeitura do município. Esses órgãos oferecem suporte e orientação sobre os procedimentos adequados após um golpe. Em muitos casos, eles ajudam a confirmar a autenticidade de documentos, atualizar cadastros e impedir novas tentativas.

Por fim, o microempreendedor deve adotar medidas preventivas para evitar novos ataques. Isso inclui o uso de antivírus atualizado, a verificação constante dos boletos no portal oficial e a desconfiança de qualquer comunicação fora dos canais do governo.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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